Bactérias e Fungos que Atrapalham na Lavoura
Na atual crise que o Brasil vem passando, existe um setor que continua em crescimento e mantém a esperança da melhora do nosso país: o agronegócio.
Um dos principais pilares do agronegócio continua sendo a produção de grãos para a exportação, considerando que hoje temos quase 34 milhões de hectares de soja plantados no Brasil, precisamos buscar melhorar a produtividade desta lavoura antes de expandir mais a área plantada.
Muitas formas de melhorar este rendimento na colheita estão sendo pesquisadas dentro de instituições públicas e privadas no Brasil. Uma forma já difundida e sendo aceita no mercado está na inoculação de microrganismos que aumentam a fixação do nitrogênio para a planta.
Explicando para todos entenderem: o nitrogênio é um elemento essencial na formação das proteínas da planta. Microrganismos, como bactérias e fungos específicos, podem auxiliar a planta extrair este nitrogênio. A introdução deles na plantação tem o nome de inoculação.
Já a adubação química direta com nitrogênio tem efeitos indesejados como a contaminação do solo e água em casos de excesso na aplicação, além do custo mais alto. Para entender de forma bem didática vejam o vídeo produzido pela Embrapa:
Como foi mencionado no vídeo, o uso do inoculante para a safra de soja gerou uma economia de R$ 7 bilhões/ano. Porém para isso é necessário todo um cuidado na cadeia de produção, incluindo um bom armazenamento e uma aplicação correta, pois aqui estamos lidando com um ser vivo e não um composto químico. O mau uso do inoculante pode gerar um rendimento abaixo do esperado na colheita e consequentemente uma descrença na eficiência do produto pelo produtor.
Para quem quer se aprofundar no assunto sobre os cuidados na produção e armazenamento de inoculantes, este ótimo trabalho de Raquel Garibaldi Damasceno é uma boa leitura:
https://lume.ufrgs.br/handle/10183/33264
Porém o grande problema quando se trabalha com microrganismos é como controlar a produção deles, muito mais sensíveis do que cultivar qualquer outro tipo de animal macroscópio, e ter um bom rendimento no final do processo. Hoje muitas pessoas já tentam até mesmo produzir em uma fazenda estes inoculantes, porém trabalhando com equipamentos inadequados, como tanques feitos de fibra ou sem vedação adequada para garantir a esterilidade necessária.
A falta de esterilidade pode proporcionar o crescimento de outros microrganismos, os quais além de não auxiliar na fixação do nitrogênio, podem agredir a planta e nos piores dos casos contaminar à água e solo da região, lembram sobre a contaminação com adubação química em excesso? Então no caso de um cultivo feito sem esterilidade os resultados podem ser piores. O famoso “barato que sai caro”.
Os microrganismos utilizados como inoculantes precisam de uma condição ideal para se reproduzirem e assim tornar o processo mais eficiente. Por isso a necessidade de trabalhar com uma dorna totalmente vedada, pressurizada, com aço inox de nível sanitário e a possibilidade de realizar uma esterilização com alta temperatura, tudo isso apenas para garantir que não haverá competição dentro do tanque com outros microrganismos indesejados.
Além disso o processo pode ser acelerado pelo controle de parâmetros que determinam uma condição ótima de crescimento para eles, assim promovendo um rendimento máximo em menor tempo.
Por isso hoje, muitas empresas que trabalham com a produção de inoculantes tem procurado trabalhar com melhorias nas tecnologias de cultivo para assim entregar um produto de qualidade ao produtor e assim aumentar a confiança na substituição da adubação química. Algumas empresas que trabalham com os fertilizantes tradicionais tem buscado incorporar em seu catálogo alguns produtos biológicos, mostrando a atenção no mercado para os crescimento desta demanda. Sem dúvida quem conseguir ter diferenciais no seu produto será bem recebido pelos clientes.
Abaixo temos um biorreator da ALLBIOM, instalado em uma indústria que está produzindo inoculantes para a agricultura:
Este equipamento, além de possibilitar a esterilização do processo, tem o controle de parâmetros como pH, oxigênio dissolvido, temperatura, pressão, nível, agitação e aeração. Tudo acessado por um software no painel de controle, ou mesmo remotamente por um notebook.
Para mais informações, visite nosso site: www.allbiom.com
Uma ótima semana à todos.